sábado, 13 de setembro de 2014

Tem dessas...

A vida tem dessas coisas 
desse vem e volta
dessa coisa solta
dessa presa fácil
dessa troca louca
desse riso frouxo
dessa corda toda
desse escuro e vazio 
desse fim vil. 


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Vocês

Sobre Eu e vocês: O que era isso afinal se perguntou aquela moça naquela noite, moça que foi uma menina que cresceu vendo contos de princesas que encontravam os seus príncipes encantados e que viviam felizes para sempre, sempre com os pés no chão mas com a cabeça nas nuvens. 

O sempre, sempre esse sempre, com o soar de infinito, mas tão finito quanto o tempo. A cabeça nas nuvens  foi descendo quase como se estivesse sendo um balão furado, de caso em caso presenciado, o conto da vida real foi deixando de ser encantado.
Ah, esse tempo  mocinho e vilão, isso mesmo tão bipolar quanto quem tenta o controlar, tempo é tudo, tudo é tempo, só esperava que esse tempo de um "sempre" fosse infinito, fosse bom, fosse incrível pra nós, fosse como as raízes das arvores só se fortalecessem. Ontem me perguntei  "O que o tempo fez com vocês? 

O tempo me revela o que sinto, e só sinto saudade de vocês, do que eramos, do que um dia imaginei que ainda seriamos hoje. Nem nos meu piores pesadelos imaginei um caminho assim, separados, porém tão perto. Hoje somos o inverso do que eramos ontem.
SAUDADE, das duas figuras que foram, e ainda continuaram sendo o meu espelho, no pé no chão, na humildade, na garra, na determinação, na sinceridade, na compaixão, na união.
Amo vocês apesar de tudo e por tudo!!!

domingo, 29 de junho de 2014

Cinderelando: Um Salve aos Instantes

Somos  instantes,somos momentos,
somos processo, somos segmento.
Somos feitos de momentos,
 momentos bons e ruins,
momentos de euforia, momentos de alegria,
 momentos de tristeza, momentos de friezas.
Viva a esses fragmentos de instantes que nos dá,
discernimento e motivo para ser o que somos.

domingo, 9 de março de 2014

Romances


 A gente está tão preocupado em encontrar um par, a metade da laranja, a tampa da panela, que esquecemos quão surpreendente pode ser está só. Os romances são uma linha tênue,com  intervalos de felicidades, são como a chuva em dia de muito calor, chega repentinamente, traz felicidade, aconchego, te deixa bobo, mas passa quase na mesma velocidade em que veio. Entre a vida em dois, aquela velha convivência, sempre tem o mais apaixonado, aquele com mais expectativa para viver um para sempre enquanto durar, e isso vai  se arruinando quando as linhas do desejo não são mais as mesmas, quando o que antes era improvável acontece de você não querer ver a pessoa nem pintada de ouro, e tudo fica tão claro, o sentimento, o carinho que  é dado, não é recebido com a mesma intensidade, as vontades não são as mesmas, o que era raro ficou comum, novos planos vão  sendo colocados em pauta e o nós dois não estavam neles, é chegada a hora de cada um ir para seu lado.  
O fim do pra sempre tem que ter o sofrimento drástico, a falta que traz a saudade que faz sofrer, o tempo que parece não passar, sem falar na dor que desatina sem doer, tudo parece ficar sem graça. Mas como um dia depois do outro, com um dia comum esse romance deixa de fazer falta, uma hora sempre deixa. Você percebe o quão antagônico está sendo  a vida, amores vem e vão e isso não é o fim, a vida vai proporcionar histórias  longas e até mais interessantes, aproveitar o tempo só, é bom pra conhecer a si mesmo. 

segunda-feira, 3 de março de 2014

A meia prisão

A gente se acostuma a prender o riso frouxo, a se colocar em segunda opção, a ser ignorado quando precisa ser visto, a colocar em escanteio o que se deseja, a gente se acostuma a não olhar pra si. Aceita qualquer migalha de pão, como se fosse um mendigo de compreensão, a gente troca sempre o sim pelo não. A gente vive uma vida de preses, esperando pela que se pedes, escondendo sentimentos, sonhando sonhos impossíveis para que se deus quiser se realizem.
A gente se acostuma a por a pulga na orelha " eu poderia", "eu deveria", a gente se acostuma a tropeçar com as palavras, a achar tudo sem graça , a gente se acostuma a ser sempre mal entendido ,a estar sempre satisfeito por que acha que fez o que pode e acaba por viver de meias verdades.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. _Marina Colasanti

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Mais do mesmo

È mais do mesmo, mais doses de irritação, mais doses de  impotência sobre o que de si sabe, mais doses de  mais doses de rotinas frustrantes,é acho que seja isso . Sinto saudades do que não me cabe, saudades de não temer,  saudades do que um dia pude chegar a ter, saudade da coragem, saudade da vontade, saudades do que um dia pensei, saudade de carinho, saudade de não me sentir sozinho, saudades de ter segurança, saudades de sentir saudade.
 A cada amanhecer, a cada entardecer, a cada anoitecer, tudo passa sem perceber, pessoas e seus sentimentos, como se sente  a cada momento.
tic tac da vida passa sem rompimento, fazer o que se tem vontade nem sempre é  uma bobagem, são tantos clichês do jeito de se levar a solidão em meio a multidão, que pensar em solidão chega a ganhar  uma certa exastão.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cinderelando "O grande talvez"


Ao ler um livro me deparei com essa expressão, e ela é uma daquelas expressões que resume o que você ta pensando ultimamente, tipo as músicas que te completam os pensamentos e que parecem te entender tão bem quanto você mesma. "O grande talvez", o que seria o grande talvez? enigmas,dúvidas,  insegurança... Imagino esse grande talvez, e posso chama-ló de vida,  vida essa que me deparo pensando e indagando "Quais são os talvez que ela trará, numa dada consequência de atos". Odeio imaginar como será o futuro, deve ser um jeito de não me auto-enganar,para evitar me decepcionar, acho que o talvez traz as infinitas possibilidades do que ele possa vir á ser. Longe de mim querer fugir das certezas, que afinal de contas é o alvo do circulo que me envolverá.
Talvez eu seja ou não seja, eis uma questão. Talvez eu queira ou não queira. talvez eu deva ou não deva, talvez eu perca, talvez sentirei, talvez farei, talvez me importe, talvez levarei, talvez gostarei,talvez concorde, talvez ame, talvez engane, talvez se espante, talvez realizarei, talvez verei, ou talvez apenas morrerei. Se inicia um circulo vicioso de um grande talvez, são tantas incógnitas a serem desvendadas! Mas pra ser sincera é bom te-lás por um lado, se tivéssemos tanta certeza que seja, cadê a leveza e a sutileza, de uma pequena surpresa.  
Porém é preciso está preparada para grande parte delas, que te laçam e te prendem em um labirinto de sofrimentos, tal como a morte, que é o maior talvez do meu grande talvez, que traz a dor que desatina sem doer, que assombra até os mais fortes e cheios de sí, que vem e vai sem olhar para traz, que leva sem saber para onde vai.
Vamos ter lá mais clareza, de que tudo que começa termina, de que tudo que se constrói  se desconstrói, de que tudo que nasce um dia morrerá, talvez isso evitará que eu me perca nesse labirinto que poderá me prender. Concluo que somos um grande talvez , dentro de outros talvez, que acaba em um talvez maior ainda, mas é a vida, ela tem que ser vivida, vamos rir para não chorar,  porque eu sei que um dia esse talvez virá.